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REFLEXÕES ... ... ...
Vamos descobrir como podemos compreender todo o processo de formação do hábito. Podemos tomar como exemplo o hábito de fumar, e vocês podem substituir este exemplo pelo vosso próprio hábito e fazer a experiência com o vosso próprio problema de forma directa à medida que eu vou fazendo a experiência com o hábito de fumar. Trata-se de um problema, torna-se um problema quando quero abandonar o hábito; enquanto eu me sentir bem com o hábito, não o encaro como um problema. O problema surge quando tenho de fazer algo a respeito de um determinado hábito, quando o hábito se torna perturbador. Fumar criou uma perturbação, por isso quero libertar-me desse hábito. Quero deixar de fumar, quero libertar-me disso, colocar esse hábito de lado, e assim a minha aproximação ao acto de fumar está envolta em resistência e condenação. Ou seja, eu não quero fumar, e portanto a minha atitude é a de suprimir esse hábito, de condená-lo ou de encontrar um substituto para ele-- em vez de fumar, passo a mascar pastilhas elásticas.
Agora, será que é possível olhar para o problema sem condenação justificação ou supressão? Poderei encarar o meu hábito de fumar sem qualquer sentimento de rejeição? Tentem fazê-lo agora, enquanto estou a falar, e verão como é extraordinariamente difícil não rejeitar nem aceitar. Porque toda a nossa tradição, todo o nosso conjunto de experiências, nos impele a rejeitar ou a justificar em vez de nos estimular a nossa curiosidade acerca do facto.
Em vez de ter uma actuação passiva, a mente está sempre a agir sobre o problema.
J. Krishnamurti
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